Inspirações - Adriana Varejão


Uma das construções implantadas no Centro de Arte Contemporânea Inhotim, em Brumadinho, MG, a Galeria Adriana Varejão foi projetada pelo arquiteto Rodrigo Cerviño Lopez. As faces cegas de concreto aparente fazem com que a edificação se assemelhe a um grande paralelepípedo que, observado da cota mais baixa, parece em parte levitar, enquanto em outro trecho aparenta estar encravado no terreno.

Através da releitura de elementos visuais incorporados à cultura brasileira pela colonização, como a pintura de azulejos portugueses, ou a referência à crueza e agressividade da matéria nos trabalhos com “carne”, a artista discute relações paradoxais entre sensualidade e dor, violência e exuberância. Seus trabalhos mais recentes trazem referências voltadas para a arquitetura, inspirada em espaços como açougues, botequins, saunas, piscinas etc, e abordam questões tradicionais da pintura, como cor, textura e perspectiva.

Carnívoras


O políptico toma como referência as pinturas de azulejo de figuras avulsas. Ao contrário dos grandes painéis, que na azulejaria tradicionalmente narram acontecimentos históricos, aqui cada azulejo representa uma figura isolada, em contraste com a narrativa épica de Celacanto provoca maremoto (2004-2008). Varejão escolheu representar as espécies Darlingtonia, Dionaea, Drosera, Heliamphora e Nepenthes, todas plantas carnívoras. Valendo-se de uma das modalidades mais consagradas da pintura in situ, a pintura de forro, a obra pode ser visualizada a partir do primeiro ou do segundo piso.

Celacanto provoca maremoto

 A obra de Adriana Varejão promove uma articulação entre pintura, escultura e arquitetura, revisitando elementos e referências históricos e culturais. Especialmente criada para o espaço a partir de um painel original em apenas uma parede, a obra Celacanto provoca maremoto (2004-2008) vale-se do barroco e da azulejaria portuguesa como principais referências históricas, mas também da própria história colonial que une Portugal e Brasil: afinal de contas aqui estamos nos domínios do mar, o grande elemento de ligação entre velho e novo mundos no período das grandes navegações. Colocados nos painéis formando um grid, os azulejões fazem referência à maneira desordenada e casual com a qual são repostos os azulejos quebrados dos antigos painéis barrocos. Assim, o maremoto e as feições angelicais impressas nas pinturas formam esta calculada arquitetura do caos, com modulações cromáticas e compositivas, remetendo à cadência entre ritmo e melodia.


Linda de Rosário

A obra foi inspirada no desabamento do Hotel Linda do Rosário, no centro do Rio de Janeiro, em 2002, cujas paredes azulejadas caíram sobre um casal num dos cômodos do prédio.










O Colecionador

O colecionador é a maior pintura da série Saunas, e faz uso de uma palheta quase monocromática para criar um labirinto interior idealizado. Com seus jogos de luz e sombras, a pintura evoca espaços de prazer e sensualidade e reflete a arquitetura do pavilhão, propondo uma continuidade virtual do espaço.










Panacea phantastica 

Iniciando o percurso, está Panacea phantastica (2003-2007), um conjunto de azulejos que tem retratados 50 tipos de plantas alucinógenas de diversas partes do mundo. Concebida como um múltiplo que pode se adaptar a qualquer arquitetura, a obra aqui se transformou num banco na entrada do pavilhão, um espaço de contemplação e convívio. Num dos azulejos, um texto sugere a relação entre os efeitos alucinógenos das plantas e mudanças na percepção que podem ser provocadas também pela arte.



Passarinhos - de Inhotim a Demini 







  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

Percepção em vídeo - Grupo . tomada 2 e final !





  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

Inspirações - Inhotim / Cildo Meireles

Inhotim, Centro de Arte Contemporânea, foi idealizado pelo empresário Bernardo Paz para abrigar suas coleções e que, futuramente, foi apresentado ao público. É um local que, desde sua inauguração, vive em contínua transformações. Localizado em Brumadinho, interior de Minas Gerais, é um espaço que abriga pintura, escultura, desenho, fotografia, vídeo e instalações de renomados artistas brasileiros e internacionais, onde estas convivem de forma única e harmônica com a natureza. 

Inhotim é uma instituição comprometida com o desenvolvimento da comunidade onde está inserida. Sua coleção botânica e acervo de arte contemporânea são utilizados sistematicamente para projetos educativos e para a formação de profissionais de áreas ligadas à arte e ao meio ambiente. Inhotim também participa ativamente da formulação de políticas para a melhoria da qualidade de vida na região, seja em parceria com o poder público ou com atuação independente. 

As galerias permanentes foram desenvolvidas especificamente para receber obras de Tunga, Cildo Meireles, Miguel Rio Branco, Hélio Oiticica e Neville D’Almeida, Adriana Varejão, Doris Salcedo, Victor Grippo, Matthew Barney, Rivane Neuenschwander, Valeska Soares, Janet Cardiff & Gerorge Miller e Doug Aitcken. As galerias temporárias – Lago, Fonte, Praça e Mata - têm cerca de 1 mil m² cada uma e contam todas elas com o mesmo tipo de arquitetura, com grande vãos que permitem aproveitamento versátil dos espaços para apresentação de obras de vídeo, instalação, pintura, escultura etc.

----------------------------------------

Um dos grandes nomes da arte contemporânea brasileira é Cildo Meireles.

Cildo Meireles tem desempenhado um papel chave dentro da produção artística nacional e internacional. Situando-se na transição da arte brasileira entre a produção neoconcretista do início dos anos 60 e a de sua própria geração, já influenciada pelas propostas da arte conceitual, instalações e performances, as obras de Cildo Meireles dialogam não só com as questões poéticas e sociais específicas do Brasil, mas também com os problemas gerais da estética e do objeto artístico.

Durante os anos 70 e 80 Cildo Meireles arquitetou uma série de trabalhos que faziam uma severa crítica à ditadura militar. Obras como Tiradentes: totem monumento ao preso políticoou Introdução a uma nova crítica, que consiste em uma tenda sob a qual se encontra uma cadeira comum forrada com pontas de prego, são alguns trabalhos de cunho político do artista. Neles a questão política sempre vem acompanhada da investigação da linguagem. Inserções em circuito ideológico: Projeto Coca Cola, por exemplo, consistiu em escrever, sobre uma garrafa de Coca Cola, um dos símbolos mais eminentes do imperialismo norte-americano, a frase Yankees go home, para, posteriormente, devolvê-la à circulação. Além da questão política o projeto faz referência a toda problematização desenvolvida pelos movimentos de vanguarda e por Marcel Duchamp no início do século; uma espécie de ready made às avessas.

Cildo examina a falibilidade da percepção humana, os processos de comunicação, as condições do espectador, a relação da obra de arte com o mercado.


No Inhotim, Cildo possui uma galeria com seu nome, onde estão expostas quatro obras de sua autoria.


- Através está entre as obras de Cildo Meireles nas quais, por meio de jogos formais com materiais cotidianos, o artista lida com questões mais amplas, como a nossa maneira de perceber o espaço e, em última análise, o mundo. Trata-se de uma coleção de materiais e objetos utilizados comumente para criar barreiras, com os mais diferentes tipos de usos e cargas psicológicas: de uma cortina de chuveiro a uma grade de prisão, passando por materiais de origem doméstica, industrial, institucional. Sempre em dupla, os elementos se organizam com rigor geométrico sobre um chão de vidro estilhaçado, oferecendo diferentes tipos de transparência para os olhos, que à distancia penetra a estrutura. O convite é que o corpo experimente de perto esta estrutura, descobrindo e deixando para trás novas barreiras. Com sua conformação labiríntica e experiência sensorial de descoberta, Através e seus obstáculos aludem às barreiras da vida e ao nosso desejo, nem sempre claro, de superá-las.

Desvio para o Vermelho é um de seus trabalhos mais complexos e ambiciosos – concebido em 1967, montado em diferentes versões desde 1984 e exibido em Inhotim em caráter permanente desde 2006. Formado por três ambientes articulados entre si, no primeiro deles (Impregnação) nos deparamos com uma exaustiva coleção monocromática de móveis, objetos e obras de arte em diferentes tons, reunidos “de maneira plausível mas improvável” por alguma idiossincrasia doméstica. Nos ambientes seguintes, Entorno e Desvio, têm lugar o que o artista chama de explicações anedóticas para o mesmo fenômeno da primeira sala, em que a cor satura a matéria, se transformando em matéria. Aberta a uma série de simbolismos e metáforas, desde a violência do sangue até conotações ideológicas, o que interessa ao artista nesta obra é oferecer uma seqüência de impactos sensoriais e psicológicos ao espectador: uma série de falsas lógicas que nos devolvem sempre a um mesmo ponto de partida.

Em Glove Trotter, Cildo Meireles lida com questões clássicas da escultura: volume, peso e gravidade. Porém estas questões se desdobram para noções de contexto geográfico e de universalidade. Ao reunir esferas de diferentes proveniências, histórias e usos, Cildo sublinha o que há de diferente, mas também de igual, em cada um destes objetos, criando uma linguagem escultórica quase musical com suas variantes de altura. A malha metálica cobre os objetos e nos faz refletir sobre um possível abarcamento de todos os corpos em um só campo, além de ampliar as referências da obra. Por um lado, remete às antigas estruturas metálicas utilizadas nas armaduras da idade média; por outro, confere à escultura uma aspecto futurista de paisagem lunar.

 - 
Inmensa

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

Representando ... - Grupo !





  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

Percepção em vídeo - Grupo !


  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

Percepção em vídeo - tomada 2 !


  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

Percepção em vídeo !

Além de modelar o espaço no SketchUp, recebemos a tarefa de fazer uma pequena animação representando-o. Segue a minha tentativa !


  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

Representando ...

Para poder trabalhar melhor a nossa intervenção, realizamos o levantamento planialtimétrico da Escola e tentamos modelar o local no SketchUp.






Ficaram pendentes os detalhes de portas, janelas e corrimões, além dos objetos encontrados no local, como mesas, bancos e lixeiras.

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

Performance

Para causar um "certo estranhamento", realizamos uma Performance no nosso espaço de intervenção. Para isso, devíamos ocupá-lo e percebê-lo de maneira diferentes. Utilizando diversos sentidos, e não apenas a visão, conseguimos observá-lo e conhecê-lo de novos pontos de vista, tendo ainda um toque artístico.


  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

Mãos à obra !

Visita cercada de desafios! Nossa ida ao Bichinho tinha como objetivo final a escolha de um local para realizar uma intervenção. Após certo tempo de busca, nosso grupo optou pela Escola Estadual que nos pareceu perfeita para tal tarefa. 








  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

Rabiscando ..

Com olhos atentos a cada detalhe, tivemos a tarefa de reproduzir algumas paisagens que observamos em nossa viagem a Bichinho.

Eu e meu grupo visitamos dois ateliês e a partir deles, fizemos nossos desenhos.
Seguem as minhas tentativas:

Coisas de Macela

Zequinha aqui oh!

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

Pé na estrada ..


No primeiro mês de aula na Escola de Arquitetura, nossa turma, acompanhada pelos professores de Fundamentação para projetos, realizou uma viagem com destino a um pequeno vilarejo próximo a Tiradentes. Vitoriano Veloso, mais conhecido como Bichinho, foi nossa primeira parada para explorar novos ambientes. 


Fugindo da capital, fomos parar em um lugarzinho ao pé da serra
Fomos recebidos com várias lojinhas de artesanato local, casinhas simples, porém, cheias de charme. 
Bichinho me pareceu uma cidade esquecida no tempo, com seus traços arquitetônicos um tanto arcaicos, o que a torna muito especial. Em tempos tão modernos, encontrar um lugar como este é raro! 

 


Aconchegante como ela só, Bichinho é uma cidade que me encantou por completo. Lugar tranquilo e distante da realidade com a qual estou acostumada a lidar é perfeito para passar o tempo, aproveitar a natureza e o jeito simples de viver, e viver bem! 

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS